sábado, 18 de junho de 2016

Marquise

© IMDb

Filme em que seu roteiro baseia na história de uma jovem dançarina que viveu intensamente sua arte e seus amores, saída do anonimato do interior da França e descoberta por Molière e Racine. Considerada uma das cortesãs mais notórias do reinado do Rei Luís XIV da França.

Se passa durante o período em que Racine é ainda um jovem escritor cheio de ambição, cuja única intenção é assegurar um lugar junto à Corte. Já Molière, um dramaturgo muito popular, ator e diretor de uma trupe teatral, preocupado em cobrir suas despesas e atrair o público para seu teatro e Luís XIV, um jovem rei que está mais preocupado com suas festas, caças e jogos amorosos, do que com os assuntos do Estado. De certa forma, todos os personagens de Marquise são retratados antes de entrarem na história... 

Marquise brilha como uma estrela celestial do século XVII, assim como Marilyn Monroe brilhou no século XX. Ambas conheceram a pobreza, o amor e a proteção dos homens, a fama. Marquise saiu da obscuridade do interior da França, para dançar nos braços de Luis XIV. A Marquesa Du Parc é a história de sua vida, cômica, apaixonada, com alma livre, que foge de situações negativas. Nota 6 (0 a 10)

Sinopse

Era uma vez, numa feira livre no interior de Lyon, uma jovem dançarina de beleza e charme sem igual chamada Marquise (Sophie Marceau) que através da dança, atraia os fregueses para a barraca de seus pais, dançava seminua. Certo dia aparece Jean-Baptiste Poquelin, conhecido como Molière (Bernard Giraudeau) que a vê dançando.

Assim começa a história de Marquise... no meio da pobreza e por entre os animais, o ilustre René Du Parc (Patrick Timsit), conhecido como Gros-René, é o ator mais importante da trupe dramática de Molière, na época, se apaixona pela bela jovem, se casa com ela no campo, mas com uma condição: de que ela fizesse parte do grupo como atriz. 

Ele aceita, levando-a para Paris e depois Versailles, onde a glória e a fortuna lhes aguardam. Marquise, agora Marquesa Du Parc, sempre sonhara em ser atriz. Logo em sua estréia, Molière percebe sua falta de talento, não condiz com sua beleza e o restringe a papéis onde exige dela apenas a dança. Mas durante as apresentações, Marquise é observada por Monsieur (Frank de la Personne), irmão do Rei Luís XIV (Thierry Lhermitte), e pelo jovem cortesão, Jean Racine (Lambert Wilson). Encantado, ele lhe abriu as portas do palácio de Versailles, onde a glória, a fortuna, dentre outras lhe aguardava. 

Marquise então passa a viver num inferno passional, dividida entre Gros-René, que a amara e Racine, a quem ela amava; entre Molière, para quem devia tudo, mas que duvidava de seu talento como atriz, e Racine, que a colocava num pedestal e a considerava a melhor atriz de seus tempos... A morte de Gros-René lhe abre as portas do paraíso e do tão aguardado momento. Trocando a Trupe Teatral de Molière pela de Floridor, Marquise desempenha diante do rei, o principal papel da peça “Andrômaca”, que Racine havia escrito para ela.

Finalmente, seus desejos se tornam realidade. Marquise é aplaudida todas as noites e o Rei passa a exigir sua companhia, abrindo as portas do palácio de Versailles, onde a glória, a fortuna e a tragédia lhe aguardavam. Mas, como em todos os contos de fadas, uma pessoa má aparece para bani-la e quebrar seu encanto. Será que ela conseguirá se tornar apenas uma dançarina frustrando o seu plano de ser tornar uma atriz e se casar com seu grande amor Racine?! Que assistir verá !!!   

Elenco

Sophie Marceau as Marquise
Bernard Giraudeau as Molière
Lambert Wilson as Jean Racine
Patrick Timsit as Gros René
Thierry Lhermitte as Luís XIV
Anémone as La Voisin
Remo Girone as Jean-Baptiste Lully
Georges Wilson as Floridor
Franck de la Personne as Monsieur
Marianne Basler as Madame
Romina Mondello as Armande
Estelle Skornik as Marie
Victoria Peña as la Reine
Christine Joly as Madeleine
Olivier Achard as Monsieur de Saint-Loup
Patrice Melennec as Giacomo de Gorla père de Marquise
Anne-Marie Philipe as Catherine de Brie
Christine Joly as Madeleine Béjart
Beatrice Palme as Geneviève
Francisco Casares as Gorgibus (as Paco Casares)
Guillermo Antón as Charles
Eric Boucher as Brécourt
Stéphane Boucher as Louis Béjart


Curiosidades

- O orçamento do filme foi de US$ 12 milhões de dólares e arrecadou US$ 6,3 milhões.

- Órfão desde pequeno, Jean Racine (1639-1699) foi filho do monastério de Port-Royal, lar dos Jansenistas, um movimento reformista do Catolicismo Romano, fundado por Cornelis Jansen. Seus seguidores acreditam que a vida é pré-destinada e que a natureza humana é incapaz de bondade. Influenciado por estes ensinamentos e tirando a ideia grega de destino, Racine escreveu tragédias que lidam com o conflito entre a livre vontade e a paixão. Rival de Corneille, cujos personagens eram gigantes da moralidade, Racine optou por criar personagens que eram intensamente humanos.

- Um contemporâneo, La Bruyere, comentou, “Corneille pinta humanos como eles deveriam ser; Racine os pinta como são”.

- Consagrado como o grande dramaturgo trágico francês, Racine atraiu a atenção do Rei Luis XIV, quando compôs “A Ninfa do Sena”, em homenagem ao casamento do Rei. Ele continuou a escrever poesias, ambas religiosas e pastorais, e adotou o hábito da época, dedicar poemas a patrões. Em 1664, Molière produziu a primeira tragédia de Racine, “La Thebiade”, mas sua produção seguinte, “Alexandre, O Grande”, o enfureceu tanto que ele cortou relações com Molière.

- Durante o período de 1667 e 1677, Racine produziu obras-primas como “Andrômaca” (1667), um triunfo sem equívoco, seguido de “Les Plaideurs” (1668), sua única comédia, “Britannicus” (1669) e “Phedre” (1677). Enquanto Molière se deliciava no grotesco, Racine se aprofundara no subconsciente de seus personagens. Seus dramas rigidamente estruturados sobre o amor obsessivo e destrutivo, especialmente de mulheres, representavam algumas entre as obras-primas do drama mundial. Apesar do seu sucesso e reconhecimento pela critica, ele foi eleito à prestigiosa Academia Francesa em 1672.

- Racine foi alvo de ataque por parte de outros dramaturgos. Ele abandonou o teatro para se casar em 1677. O Rei Luis XIV o nomeou “Historiador Real” da Corte e com a exceção de duas peças baseadas em temas bíblicos, dois anos mais tarde, ele nunca mais voltou ao teatro.


Indicações e Prêmios

AFI Film Festival 1997
Prêmio do Grande Juri (Véra Belmont) - Indicado

British Independent Film Awards 1997
Melhor Filme em Lingua Estrangeira (Véra Belmont) - Indicado

César Award 1997
Melhor Música (Jordi Savall) - Indicado

Trilha Sonora (Cantor (a))

"L'Amour Médecin" - Chacone
"Marquise" - Sarabande La
"Intrada" - Sarabande La
"Gavotte" - Sarabande La
"Passepieds I-II Fanfare"
"Prélude e Entrée"
"Charivari"
"Canarie"
"Marche"
"Tambourin Bransle" - Sarabandes
"Galliarde" - Sarabandes
"Faubourdon" - Sarabandes
"Les Ombres" 
"Marche Funèbre" 
"Gavotte" 
"Libertas Rondeau de la Gloire"
"Marche des Assiégeants" 
"Prélude pour Mars"Chacone d'Alcione 
"Menuet"
"Bourrée I"
"Fantasie "Les pleurs d'Orphée" - Bourrée II
"Menuet pour les trompettes" 

Ficha Técnica

Título no Brasil: Marquise  
Título Original: Marquise
País de Origem: França 
País de Produção: Itália  
Gênero: Drama / Comédia  
Tempo de Duração: 123 minutos
Ano de Lançamento: 1997
Cor: Color
Áudio: Francês e Português (ambos 2.0 Dolby Digital)
Legendas: Português, Inglês e Francês
Tela: 16:9 Widescreen
Estúdio: Eurimages, Stephan Filmes, France 3 Cinema, Canal+
Distribuição: Flashstar Home Video
Direção: Véra Belmont 
Roteiro: Verá Belmont, Jean-François Josselin, Marcel Beaulieu e Gérard Mordillat   
Edição: Martine Giordano e Babak Karimi 
História: Verá Belmont e Gérard Mordillat 
Direção de Arte: Michael Conche 
Direção de Fotografia: Jean-Marie Dreujou  
Desenho de Produção: Gianni Quaranta  
Decoração de Cenário: Jean-Francois-Josselin, Marcel Beaulieu e Giuseppe Ponturo  
Elenco: Gérard Moulervrier     
Figurino: Olga Berluti 
Maquiagem: Magali Ceyrat e Juan Pedro Hernandez 
Música Original: Jordi Savall    
Efeitos Sonoros: Alain Curvelier e Vicent Mauduit
Efeitos Especiais: Germano Natali
Efeitos Visuais: No
Produção: Véra Belmont e J. David Williams   

Co-Produção: José Maria Cunillés e Isabel Mulá
Produção Executiva: Linda Gutenberg e Aldo Lado

Nenhum comentário:

Postar um comentário