sábado, 6 de julho de 2019

A Rede

© CBS Films

Roteiro baseado na lenda urbana do Grande Olho, o olho que tudo vê. O sucesso do filme foi bom, que gerou uma série spinoff de TV de mesmo nome em 1998. 

O filme coloca em questão desde o isolamento das pessoas que vivem conectadas até a invasão de privacidade e a segurança de nossos sistemas. Informações confidenciais sobre pessoas, governo, planos de voo, arquivos médicos e criminais, tudo pode ser alterado por um bom hacker - inclusive a identidade de uma pessoa.

É uma grande crítica sobre a nova sociedade que está sendo construída debaixo de uma tecnologia cada vez mais dominadora e fora de controle. A sociedade em que estão imersos os protagonistas do filme tem muito a ver com o manifesto A Sociedade Industrial e seu Futuro, de autoria do terrorista Unabomber. Provavelmente esta vai ser a sua fita de cabeceira.

Muitas situações são inverossímeis, como em todos os bons filmes do gênero. O download do misterioso disquete parece um video clip. Informações tão importantes são gravadas um simples disquete, sem qualquer proteção. Angela sai de férias e carrega o disquete na bolsa em que leva para a praia. Devlin é um verdadeiro Rambo cibernético, e tem à sua disposição toda a parafernália eletrônica de que precisa para rastrear e pegar Angela. Mas perde todas, inclusive na porrada, para uma mulher que se esconde da polícia e não tem sequer uma identidade para se hospedar em qualquer lugar.

E como se tudo não bastasse, Angela é a digitadora mais rápida do planeta, quando sob pressão.

Mas tirando esses ingredientes, que em verdade são necessários para compor um bom thriller, o filme tem o seu lado assustador: tudo aquilo pode acontecer. Hoje.

A própria atriz,Sandra Bullock, que é íntima da rede e uma insaciável usuária na vida real, fala sobre o filme e não deixa dúvidas:

"É inteiramente plausível e possível. Tudo o que mostramos no filme pode acontecer, se é que já não está acontecendo, na vida real". Nota 6 (0 a 10)

Sinopse

Angela Bennett (Sandra Bullock) é uma competente analista de sistemas que vive no início da era digital. Ela testa jogos para eliminar bugs e rastreia virus em sistemas de segurança. Ela meio que solitária, não precisa sair de casa, para exercer a sua profissão. A não ser para fazer alguma coisa, e muito menos sair de dentro dela própria para viver. Ela se basta. Meio estressada, toma uma decisão analógica: tirar férias.

Na véspera da viagem recebe um misterioso disquete de seu amigo (ou chefe ?), Dale Hessman (Ray McKinnon), com um misterioso simbolo pi no canto inferior da tela. Ela não deveria ter acesso e recebe um telefone do mesmo para se encontrar no dia seguinte, antes do embarque, para decifrar o misterioso conteúdo, mas ele morre no caminho, por erro de informação transmitida pela torre de controle ao seu avião.

Ela viaja para Yucatan, no México, com o notebook e o disquete. Lá encontra um executivo bonito, rico e sofisticado, chamado Jack Devlin (Jeremy Northam), que parece ser o homem projetado para ela. Os dois se encontram na praia, cada um com seu notebook na areia e atraídos pela preferência de uma mesma bebida.

Daí em diante a vida de Angela se complica, passa a ser perseguida por uma empresa de informática criminosa, terá sua vida apagada e sua identidade roubada pelos criminosos. Devlin quer apenas o disquete para matá-la em seguida. Ela escapa, mas perde as chaves, o passaporte e a própria identidade. Daí até o final o filme ganha muita ação e movimento.

Os primeiros quinze minutos do filme parecem estar o tempo todo dizendo ao espectador que por trás de um computador não existe vida, que a vida está mesmo é lá fora. E se você se priva do contato humano, da vida das calçadas, fica completamente vulnerável e indefeso.

Os indicadores de que a vida digital será solitária são impiedosos. Angela vive em um mundo sem nenhum contato humano. Parece pertencer a uma nova raça. Ela e Dale se conhecem há meses, ou anos, apenas por telefone e via rede. Não tem tempo para encontrá-lo. Para seus vizinhos ela simplesmente não existe - ninguém a vê. A única pessoa com quem tem contato humano - a sua mãe - ironicamente não a reconhece por causa de uma doença.

Elenco

Sandra Bullock as Angela Bennett
Jeremy Northam as Jack Devlin
Dennis Miller as Dr. Alan Champion
Diane Baker as Sra. Bennett
Wendy Gazelle as Ruth Marx
Ken Howard as Michael Bergstrom
Robert Gossett as Ben Phillips
Wren T. Brown as Trooper

Indicações e Prêmios

MTV Movie Awards,
Categoria a Mais Gostosa (Sandra Bullock) - Indicada

Curiosidades
 
- O orçamento do filme foi de US$ 22 milhões de dólares e arrecadou US$ 110,6 milhões.

- No começo do filme Angela testa um software real, da Id Software, um dos grandes sucessos da época, Wolfenstein 3D. Ela está jogando quando se manifesta um vírus.

Ficha Técnica

Título no Brasil: A Rede 
Título Original: The Net  
País de Origem: EUA 
País de Produção: EUA  
Gênero: Suspense / Tecnologia  
Tempo de Duração: 114 minutos
Ano de Lançamento: 1995
Cor: Color
Áudio: Inglês e Português (ambos 5.1 Dolby Digital)
Legendas: Inglês e Português
Tela: 16:9 Widescreen
Estúdio: CBS Films e Escape Artists 
Distribuição: C
Direção: Alan Poul 
Roteiro: John Brancato e Michael Ferris   
Edição: Richard Halsey 
História: S
Direção de Arte: 
Direção de Fotografia: D 
Desenho de Produção: G  
Decoração de Cenário: J 
Elenco:    
Figurino: 
Maquiagem:
Música Original: Mark Isham e Jeff Rona     
Efeitos Sonoros:
Efeitos Especiais: J
Efeitos Visuais: 
Produção: Rob Cowan e Irwin Winkler 

Co-Produção: S
Produção Executiva: 

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