Filme com roteiro baseado na obra 'The Man Who Knew Infinity - O Homem que Conhecia o Infinito' que conta a história de vida de Srinivasa Ramanujan de Robert Kanigel. Uma verdadeira história de amizade que mudou a matemática para sempre. Nota 7 (0 a 10)
Srinivasa Aiyangar Ramanujan (Dev Patel) nasceu na índia, em 1887. Já na infância, a sua inteligência excepcional deixa todos à sua volta impressionados. Por causa disso, ganha uma bolsa para o Liceu de Kumbakonam, onde desperta a admiração dos professores. Na adolescência começou, por auto-recriação, a estudar séries aritméticas e séries geométricas e com apenas 15 anos conseguiu encontrar soluções de polinómios de terceiro e quarto grau. Com essa idade teve acesso a um livro que marcou a sua vida: "Synopsis of Elementary Results on Pure Mathematics", a obra de George Shoobridge Carr, um professor da Universidade de Cambridge (Inglaterra). O livro apresenta cerca de seis mil teoremas e fórmulas com poucas demonstrações, o que influenciou a maneira de Ramanujan interpretar a Matemática. Aos 16 anos fracassou nos exames de inglês e perdeu a bolsa de estudos. Sem desistir, continuou as suas pesquisas de forma autodidacta. Estudando e trabalhando sozinho, recria tudo o que já fora feito em Matemática. Mais tarde, decidiu frequentar uma universidade local como ouvinte. Os professores, percebendo as suas qualidades, aconselharam-no a enviar os resultados dos seus trabalhos para o grande matemático inglês G. H. Hardy (Jeremy Irons). Em 1913, impressionado com o seu intelecto, Hardy convida-o para ir para Cambridge (Inglaterra). Ali, apesar de todas as dificuldades de adaptação e de algum cepticismo do corpo docente, ele tornou-se professor no Trinity College (Cambridge) e foi agraciado com o ingresso na Royal Society de Ciências. Em 1919, adoeceu com tuberculose e voltou para a Índia…
Com realização e argumento de Matt Brown (“Ropewalk”), “O Homem Que Viu o Infinito” conta a história verídica de Srinivasa Aiyangar Ramanujan (1887 – 1920), um dos mais influentes génios matemáticos do século XX.
Filme fantástico que faz uma crítica ao elitismo acadêmico e ao choque de culturas. Um exemplo de persistência, dedicação e resiliência.
Um relato realista do conservadorismo e elitismo, designadamente no meio académico, que dominava (e domina ainda hoje) no reino de Sua Magestade. E um exemplo paradigmático dos constrangimentos macroestruturais de carácter sociocultural que se impõem sobre indivíduos dos estratos menos favorecidos.
A Matemática interpreta o que existe e nem todos estão preparados e têm sensibilidade para o perceberem - por isso deviam ser ensinados. A negação vem, quase sempre, do que se desconhece.
Srinivasa é um gênio que cresceu numa região pobre da índia. Sem formação acadêmica, realizou contribuições substanciais nas áreas da análise matemática, teoria dos números e séries infinitas. Em 1913, enviou a qualidade dos seus trabalhos para Godfrey Harold Hardy, o grande matemático inglês. Impressionado com a inteligência do indiano, Hardy convidou-o para se instalar na Universidade de Cambridge.
Em 1913, Ramanujan, um gênio da matemática autodidata da Índia viaja para a o Colégio Trinity, na Universidade de Cambridge, onde ele se aproxima do seu mentor, o excêntrico professor GH Hardy, e luta para mostrar ao mundo a brilhantia de sua mente.
Na década de 1910, Srinivasa Ramanujan é um homem de inteligência ilimitada que mesmo a pobreza abjeta de sua casa em Madras, na Índia, não pode esmagar. Eventualmente, sua inteligência estelar em matemática e sua confiança ilimitada em ambos atraem a atenção do conhecido professor de matemática britânico, G.H. Hardy, que o convida a desenvolver seus cálculos no Trinity College, em Cambridge. Forçado a deixar sua jovem esposa, Janaki, para trás, Ramanujan se encontra em uma terra onde suas teorias matemáticas amplamente intuitivas e seus valores culturais se debruçam sobre os rigorosos requisitos acadêmicos de sua escola e mentor e as realidades preconceituosas de uma Grã-Bretanha Primeira Guerra Mundial. Enfrentando isso com uma família em casa decidida a mantê-lo longe de sua esposa e de sua própria saúde em declínio, Ramanujan se une a Hardy em uma luta mútua que definiria Ramanujan como um dos maiores estudiosos modernos da Índia que quebrou mais de uma barreira em seus mundos.
Para contar a história do indiano Srinivasa Ramanujan (Dev Patel), um brilhante matemático autodidata e de origem humilde, que no início do século XX realizou contribuições substanciais em diversas áreas da matemática analítica, como a teoria dos números, séries infinitas e frações continuadas.
Tendo apenas outro crédito obscuro, de mais de uma década atrás, em seu currículo, Brown se entrega a uma realização carregada de academicismos, que busca a todo o momento elevar a nobreza da história tratada. A narrativa apresentada em flashback se esforça para estabelecer o protagonista desde seus primeiros passos em Madras, na Índia, como um ser iluminado, cuja habilidade com os cálculos se mostra um dom imaculado maior do que ele próprio. Essa aura divinal é ressaltada pela trilha grave e pelos diálogos repletos de frases de efeito, como “Eu sou um diamante bruto pronto para ser lapidado”, dita pelo próprio Ramanujan, ou quando sua esposa o questiona seus sentimentos, “Dizem que você ama mais os números do que as pessoas”, ela afirma.
Essa primeira passagem indiana falha em quase todas as perspectivas, seja na frágil construção do caráter real de Ramanujan, na apresentação das particularidades culturais do país ou na consolidação dos conflitos. A procura de um meio de compartilhar suas descobertas com o mundo, os problemas conjugais, frutos de um casamento recente, e a relação conturbada entre a mãe e a esposa do protagonista são questões abordadas de forma rasa e apressada, resolvidas em no máximo uma cena. Ineficiente também é a tentativa de transmitir ao público o mesmo fascínio que a matemática exerce sob Ramanujan e a noção deste de estar lidando com uma forma de arte e não com uma ciência. Tudo isso prejudica, de modo geral, a empatia com o jovem gênio.
Quando chegamos à porção inglesa do longa – a partir do momento em que Ramanujan é convidado a estudar na Universidade de Cambridge – o protagonismo passa a ser dividido com o renomado professor G.H. Hardy (Jeremy Irons). Impressionado com as teorias do indiano, o catedrático assume a posição de mentor, tipo de papel que vem se tornando cada vez mais frequente na carreira de Irons e com o qual consegue se impor com facilidade. Devido à concepção errática da persona de Ramanujan - pois mesmo que sua perseverança e genuína disposição sejam admiráveis, existe um incômodo causado por sua faceta levemente arrogante e pela dificuldade em compreender que suas teorias devem ser provadas para serem validadas – acaba sendo mais natural se relacionar com Hardy, mesmo que este também apresente seus defeitos, como a dificuldade de convívio em sociedade.
Esse ponto específico, a falta de tato para as relações humanas, que supostamente deveria aproximar os personagens principais, acaba sendo um dos grandes equívocos do desenvolvimento dramático que o roteiro visa sustentar. Constantemente ouvimos afirmações de que a postura imperiosa e intransigente de Hardy faz mal a Ramanujan, quando nunca, de fato, vemos isso na tela. Há sim um distanciamento, uma frieza, no trato entre os dois ao longo de quase toda a projeção, mas nunca com a severidade anunciada. Por isso, quando ao final tenta-se criar uma ligação de cunho quase paternal, ela soa pouco convincente e a intenção de Brown em realizar uma jornada transformadora para ambos nunca chega a ter a força pretendida.
Nem mesmo a inclusão do drama da Primeira Guerra gera um maior impacto, servindo somente para reforçar alguns clichês de dificuldade de adaptação e choque cultural – os soldados que destratam o imigrante indiano na rua. Resta ao longa algumas qualidades, como as atuações da dupla Patel e Irons, além de ótimos coadjuvantes como Stephen Fry e, especialmente, Toby Jones, responsável pelos alívios cômicos da trama. Há também a insinuação de um debate interessante sobre racionalidade e fé – pois Ramanujan crê que suas habilidades sejam resultantes da vontade dos deuses, algo inconcebível para um ateu como Hardy – mas que não ganha o devido aprofundamento, apenas guiando a história a um desfecho sentimentalista. Incapaz de fugir das amarras da fórmula das cinebiografias tradicionais, Brown direciona o olhar para uma figura que, apesar da enorme importância histórica, possui um apelo limitado junto ao grande público, sem conseguir entregar um produto cinematográfico capaz de transpor esta barreira.
Elenco
Dev Patel as Srinivasa
Jeremy Iron as
Toby Jones as
Malcolm Sinclair as
Jeremy Northam as
Richard Cunningham as
Raghuvir Joshi as
Dhritiman Chatterjee as
Stephen Fry as
Arundathi Nag as
Devika Bhise as
Padraic Delaney as
Curiosidades
- O orçamento do filme foi de US$ 10 milhões de dólares e arrecadou US$ 12,25 milhões.
Indicações e Prêmios
Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films 2017
Melhor DVD/Blu-Ray - Indicado
Yoga Awards 2017
Melhor Ator Superexposto - Vencedor Ficha Técnica
Título no Brasil: O Homem que Viu o Infinito
Título Original: The Man Who Knew Infinity
País de Origem: Reino Unido
País de Produção: Reino Unido
Gênero: Biografia / Drama
Tempo de Duração: 108 minutos
Ano de Lançamento: 2015
Cor: Color
Áudio: Inglês, Português e Espanhol (ambos 5.1 Dolby Digital)
Legendas: Inglês, Português e Espanhol
Tela: 16:9 Widescreen
Cor: Color
Áudio: Inglês, Português e Espanhol (ambos 5.1 Dolby Digital)
Legendas: Inglês, Português e Espanhol
Tela: 16:9 Widescreen
Estúdio: Edward R. Pressman Film, Xeitgeist Entertainment Group e Animus Films
Distribuição: Netflix
Direção: Matt Brown
Roteiro: Matt Brown e Robert Kanigel
Roteiro: Matt Brown e Robert Kanigel
Edição: JC Bond
História: Robert Kanigel
Direção de Arte: G
Direção de Fotografia: Larry Smith
Direção de Fotografia: Larry Smith
Desenho de Produção: G
Decoração de Cenário: J
Elenco: M
Figurino: S
Maquiagem:
Música Original: Coby Brown
Efeitos Sonoros:
Efeitos Especiais: J
Efeitos Visuais: K
Produção: Matt Brown, Jon Katz, Ed. R. Pressman, Jim Young, S. Sondervan e J. Thomas
Co-Produção: S
Produção Executiva: T
Efeitos Visuais: K
Produção: Matt Brown, Jon Katz, Ed. R. Pressman, Jim Young, S. Sondervan e J. Thomas
Co-Produção: S
Produção Executiva: T
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