Filme com roteiro baseado no livro Lost Moon: The Perilous Voyage of Apollo 13, de Jim Lovell e Jeffrey Kluger, a história verídica da desastrosa missão Apollo 13, da NASA. Nota 6 (0 a 10)
A superstição com o número treze traz má sorte. Mas a NASA, agência espacial do governo americano, não tinha escolha. A nave seguinte à Apollo 12 só poderia mesmo se chamar Apollo 13. Não seria razoável esperar um sinal de superstição por parte daqueles que apenas nove meses antes, em 20 de julho de 1969, haviam levado o homem à Lua, dando “um gigantesco passo para a humanidade”, na frase famosa do astronauta Neil Armstrong, o comandante da Apollo 11. Assim, a NASA lançou a sua nave número treze, a terceira programada para pousar no satélite da Terra. Colocada na ponta do foguete Saturno 5, de 110 metros de altura (o tamanho de um prédio de 35 andares), ela partiu às 13h13min13s do dia 11 de abril de 1970, do Centro Espacial Kennedy, na Flórida. O número 13 aparecia ainda em dezenas de lugares no cronograma da missão, como nos horários de refeição e de descanso. Foi um corajoso desafio ao número do azar. Mas não deu sorte. A missão foi cheia de imprevistos, como o afastamento de um astronauta um dia antes da decolagem e um incêndio durante os testes de abastecimento do Saturno 5. Por fim, houve a explosão que destruiu peças importantes e impediu o pouso na Lua, colocando em risco a volta dos seus três tripulantes à Terra.
A saga dos náufragos do espaço que sobreviveram e voltaram para casa reacendeu o interesse pelo projeto Apollo. O mundo todo ficou em suspense. Os problemas da Apollo 13 começaram ainda em Terra. Um dia antes da decolagem, uma suspeita de rubéola tirou da equipe o piloto Ken Mattingly. Às pressas, Jack Swigert foi chamado para o seu lugar e completou a tripulação ao lado de Fred Haise, o outro piloto, e do veterano Jim Lovell, comandante da missão. Mas a dor de cabeça que se mostraria decisiva foi um dos dois tanques de oxigênio da nave. Durante os testes, o gás liquefeito não saía do tanque na quantidade devida. Os técnicos consideraram que a falha não se repetiria no espaço e, em princípio, tinham razão: um ou outro defeito é mera rotina. Do ponto de vista dos técnicos da Nasa, na verdade, tudo corria muito bem. Tanto que, nos primeiros momentos do voo, mandavam mensagens brincalhonas à Apollo, reclamando de tédio.
Na noite de 13 de abril, às 21h08 (hora de Houston), o tédio acabou. O tanque de oxigênio explodiu e mandou para o espaço um lado inteiro do módulo de serviço, com cerca de quatro metros de comprimento. O motivo é que, entre os testes e o lançamento, os construtores aumentaram a voltagem do aquecedor elétrico que forçava o oxigênio a sair do reservatório. Com isso, a temperatura passou largamente dos 25,5 °C previstos, chegando a mais de 500 °C, porque o controle automático também pifou, e o oxigênio expandiu-se até explodir o tanque. A 330 000 quilômetros da Terra, as luzes de alarme se acenderam. Foi quando Jack Swigert, e não Lovell, que muitos consideram o autor da frase, disse: “Houston, estamos com um problema aqui”. Num primeiro momento, os astronautas não perceberam a gravidade do caso: no vácuo o som não se propaga e eles ouviram a explosão como se fosse apenas a batida de uma porta. Até que Jim Lovell olhou por uma janela e falou: “Alguma coisa está vazando... É algum tipo de gás”. Era oxigênio. Que não servia apenas para respirar: misturado com hidrogênio, gerava eletricidade. Também gerava água para beber e para a refrigeração.
A decisão era inevitável e frustrante: a missão estava acabada. Restava outra missão, muito mais difícil e inédita: fazer a nave avariada voltar para a Terra e salvar os astronautas. Para os náufragos do espaço, a única chance de sobrevivência era buscar refúgio no “bote salva-vidas”, o módulo lunar. Lovell, Haise e Swigert desligaram os equipamentos e saíram do módulo de comando Odissey. Depois deveriam voltar, pois só o Odissey era reforçado o bastante para aguentar a reentrada na atmosfera terrestre. Por isso, as suas baterias de emergência, suficientes para os momentos finais do regresso, foram poupadas. O módulo lunar da Apollo 13 (conhecido como Aquarius) tinha oxigênio em quantidade suficiente para os três. Mas a energia elétrica e a água haviam sido planejadas para duas pessoas e teriam que ser economizadas. Cortou-se, assim, o suprimento diário de água para menos de um copo por pessoa e a temperatura interna da nave foi reduzida para perto de 4 °C. A falta de oxigênio havia sido reparada, mas a respiração continuava a preocupar: os homens poderiam morrer sufocados pelo próprio gás carbônico que expeliam dos pulmões. O módulo tinha sido planejado para duas pessoas, não três, e os filtros do Aquarius não davam conta do recado. A saída era aproveitar os filtros do módulo Odissey, mas eles precisavam ser adaptados. Isso foi feito com o que se tinha à mão: fitas adesivas, papelão e sacos plásticos, que serviram para confeccionar um objeto apelidado de “caixa de correio”: um filtro improvisado.
Depois disso, começaram a pensar no obstáculo mais difícil: como voltar. Inverter o movimento da nave com a força dos jatos para colocá-la na direção da Terra era inviável. O combustível não era suficiente. A alternativa era colocar a nave numa trajetória de retorno livre. Ou seja: a Apollo daria uma volta na Lua e entraria numa órbita que a levaria à Terra. Houston decidiu que os foguetes do Aquarius seriam usados para a impulsão. Para executar essa manobra, normalmente, os astronautas checam a posição de estrelas. Mas, desde a explosão, a visão das estrelas estava impossibilitada pelos detritos que saíam da nave. O que será que Houston sugeriu e o que acontecerá com a Apollo 13 na volta para a Terra?! Quem assistir verá !!!
Bill Paxton as Fred Haise
Kevin Bacon as John Swigert
Gary Sinise as Ken Mattingly
Ed Harris as Gene Kranz
Kathleen Quinlan as Marilyn Lovell
Mary Kate Schellhardt as Barbara Lovell
Emily Ann Lloyd as Susan Lovell
Miko Hughes as Jeffrey Lovell
Max Elliott Slade as Jay Lovell
Jean Speegle Howard as Blanch Lovell
Tracy Reiner as Mary Haise
David Andrews as Pete Conrad
Michele Little as Jane Conrad
Chris Ellis as Deke Slayton
Joe Spano as diretor da NASA
Clint Howard as Sy Liebergot
Bruce Wright as âncora
Ivan Allen as âncora
Jon Bruno as âncora
Indicações e Prêmios
Oscar 1996
Melhor Edição - Vencedor
Melhor Som - Vencedor
Melhor Filme - Indicado
Melhor Ator Coadjuvante (Ed Harris) - Indicado
Melhor Atriz Coadjuvante (Kathleen Quinlan) - Indicado
Melhor Roteiro Adaptado - Indicado
Melhor Trilha Sonora - Indicado
Melhor Direção de Arte - Indicado
Melhores Efeitos Especiais - Indicado
Globo de Ouro 1996
Melhor Filme-Drama - Indicado
Melhor Diretor (Ron Howard) - Indicado
Melhor ator coadjuvante (Ed Harris) - Indicado
Melhor Atriz Coadjuvante (Kathleen Quinlan) - Indicado
BAFTA 1996
Melhores Efeitos Especiais - Vencedor
Melhor Direção de Arte - Vencedor
Screen Actors Guild Awards 1996
Melhor Ator Coadjuvante (Ed Harris) - Vencedor
Melhor Elenco (K. Bacon, T. Hanks, Ed Harris, B. Paxton, K. Quinlan e G. Sinise) - Vencedor
Curiosidades
- A frase: "Houston, we have a problem here.", marcou um dos mais dramáticos momentos da história da exploração espacial. Ela vinha da nave Apollo 13, avariada próxima à Lua, com três astronautas a bordo. A mensagem era endereçada ao centro de operações da NASA, em Houston, nos Estados Unidos. Foi o início da heroica missão de trazer a nave de volta a Terra.
Trilha Sonora
"Waiting" - Santana
"Night Train" - James Brown
"Beyond the Sea (La Mer)" - Bobby Darin
"Groovin'" - The Rascals
"Somebody To Love" - Jefferson Airplane
"I Can See For Miles" - The Who
"Magic Carpet Ride" - Steppenwolf
"Purple Haze" - The Jimi Hendrix Experience
"Spirit In The Sky" - Norman Greenbaum
"Lemon Tree" - Trini López
"Honky Tonkin'" - Hank Williams
"Blue Moon" - The Mavericks
Ficha Técnica
Título no Brasil: Apollo 13: Do Desastre ao Triunfo
Título Original: Apollo 13
País de Origem: EUA
País de Produção: EUA
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 140 minutos
Ano de Lançamento: 1995
Cor: Color
Áudio: Inglês 5.1 Dolby Digital
Legendas: Inglês e Português
Tela: 16:9 Widescreen
Cor: Color
Áudio: Inglês 5.1 Dolby Digital
Legendas: Inglês e Português
Tela: 16:9 Widescreen
Estúdio: Universal Pictures e Imagine Entertainment
Distribuição: Universal Pictures
Direção: Ron Howard
Roteiro: William Broyles Jr. e Al Reinert
Roteiro: William Broyles Jr. e Al Reinert
Edição: Daniel P. Hanley e Mike Hill
História: Jim Lovell e Jeffrey Kluger
Direção de Arte: David J. Bomba e Bruce Alan Miller
Direção de Fotografia: Dean Cundey
Direção de Fotografia: Dean Cundey
Desenho de Produção: Michael Corenblith
Decoração de Cenário: Merideth Boswell
Elenco: Janet Hirshenson e Jane Jenkins
Figurino: Rita Ryack
Maquiagem: Daniel C. Striepeke
Música Original: James Horner
Efeitos Sonoros: Stephen Hunter Flick
Efeitos Especiais: John Palmer
Efeitos Visuais: Allen Cappuccilli
Produção: Brian Grazer
Co-Produção: Michael Bostick, Aldric La'aulli Porter e Louisa Velis
Produção Executiva: Todd Hallowell
Efeitos Visuais: Allen Cappuccilli
Produção: Brian Grazer
Co-Produção: Michael Bostick, Aldric La'aulli Porter e Louisa Velis
Produção Executiva: Todd Hallowell
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