Munique

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Foi baseado no livro "Vengeance: The True Story of an Israeli Counter-Terrorist Team (Vingança: A Verdadeira História de Uma Equipe Contra-Terrorista Israelense)" do jornalista canadense George Jonas sobre Yuval Aviv, que afirma que ele era um Agente do Mossad, Munique segue um esquadrão de assassinos como eles rastrear e matar supostos membros do grupo Setembro Negro, que havia sequestrado e assassinado onze atletas israelenses e na Operação Ira de Deus, a retaliação secreta do governo de Israel contra a Organização de Libertação da Palestina após o massacre de Munique nos Jogos Olímpicos de Verão de 1972. 

Uma das maiores manchas em Jogos Olímpicos, esse atentado mostrou ao mundo do que o terrorismo era capaz mesmo se tratando de um evento em que a paz tenta predominar. o filme usa uma situação particular para motivar a reflexão sobre os tipos de medidas tomado na atualidade para combater o terrorismo. Acima de tudo, dá a ver um mundo feito de várias tonalidades, onde não existem bons e maus, mas apenas pessoas que podem apresentar múltiplas facetas e atuar por diversas causas. O filme causou grande polêmica por lidar com um tema tão sensível quanto o do conflito israel-palestino, mas as críticas surgiram dos dois lados, o que parece provar que o filme não defende um dos lados. Inegável é a sua qualidade técnica e artística, colocada ao serviço de uma história muito dura, mas decisiva para compreender muitas das dinâmicas do mundo, nomeadamente as que conduzem ao semear da violência. Nota 8 (0 a 10).

Sinopse

Jogos Olímpicos de Munique, 1972. Um grupo de palestinos invade o alojamento dos atletas israelenses, dando início a um sangrento atentado. Depois de muita tensão, os radicais e mais 11 atletas judeus são mortos. A Primeira-Ministra de Israel, Golda Meir (Lynn Cohen), convoca a cúpula do seu governo para planejar uma vingança exemplar, onde seriam assassinados importantes líderes árabes. A missão - extremamente secreta e perigosa - é entregue ao Agente do Mossad, descendência judeu-alemão e ex-segurança de Golda, Avner Kaufman (Eric Bana). Ele é encarregado de comandar uma reduzida equipe de agentes que sairá, através do planeta, à caça de onze nomes escolhidos a dedo, supostamente envolvidos no massacre.

Para dar ao governo israelense negação plausível e ir na direção de seu manipulador, Ephraim (Geoffrey Rush), Avner se demite do Mossad e opera sem laços oficiais com Israel. Sua equipe inclui quatro voluntários judeus de todo o mundo: um motorista Sul-Africano Steve (Daniel Craig),um belga fabricante de brinquedos e especialista em explosivos Robert (Mathieu Kassovitz), o ex-soldado israelense e "limpo" Carl (Ciarán Hinds), e um documentarista dinamarquês e falsificador chamado Hans (Hanns Zischler). As informações são dadas por um informante sombrio francês chamado Louis (Mathieu Amalric).

Porém, quanto mais Avner se entrega à sua missão, mais ele se desencanta e se desespera ao tomar contato com a gigantesca sujeira que rege todo o negócio de espionagem. Ele percebe que no fundo a luta não é mais entre palestinos e israelenses, mas sim entre quem tem muito dinheiro e quem tem muito mais dinheiro. Líderes políticos são apenas mercadorias com dois preços: quanto eles valem mortos e quanto vale vivos. Enquanto os povos sofrem, os poderosos manipulam. Em Munique, os conflitos só causam dor e pânico. Para palestinos e para judeus. Assim como na vida.  

Em Roma, a equipe atira e mata Wael Zwaiter (Makram Khoury), que está quebrado e vivendo como um poeta. Em Paris, eles detonam uma bomba na casa de Mahmoud Hamshari (Igar Naor); no Chipre, eles bombardeam o quarto de hotel de Hussein Al Bashir (Hussein Abd Al Chir). Juntamente com a ajuda das Forças de Defesa de Israel, eles perseguem três palestinos em Beirute Muhammad Youssef al-Najjar (Abu Youssef); Kamal Adwan (Ziad Adwan) e Kamal Nasser (Bijan Daneshmand), a Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

Os assassinos muitas vezes relutantes em discutir sobre a moralidade e a logística de sua missão, expressando medo sobre sua falta individual de experiência, assim como a ambivalência sobre acidentalmente matar pessoas inocentes. Avner faz uma breve visita a sua esposa, que deu à luz a seu primeiro bebê. Em Atenas, quando eles rastream Zaiad Muchasi (Djemel Barek), a equipe descobre que Louis arranjam para eles um local seguro com os seus membros da OLP rivais, e os agentes do Mossad escapam de problemas fingindo ser grupos terroristas estrangeiros, como ETA, ANC, e a Facção Vermelha do Exército. Avner tem uma conversa sincera com o membro da OLP, Ali (Omar Metwally) ao longo de seus países de origem e que merece governar as terras; Ali é posteriormente morto por Carl enquanto a equipe escapa da um batida em Muchasi.

O plantel muda-se para Londres para rastrear Ali Hassan Salameh (Mehdi Nebbou), que orquestrou o Massacre de Munique, mas a tentativa de assassinato acontece um fato implícito. Enquanto isso, Carl é morto por Jeanette (Marie-Josée Croze), uma assassina holandesa contratada independente. Como vingança, a equipe executa-la em um barco em Hoorn, Holanda. Hans é encontrado morto a facadas em um banco do parque, enquanto Robert é morto por uma explosão em sua oficina. 

Avner e Steve finalmente localizar Salameh na Espanha será que desta vez eles conseguiram assassiná-lo? Acontecerá uma traição e Avner fica desiludido, volta pra casa no Brooklyn, onde ele sofre de estresse pós-traumático e paranoia. Será que Ephraim conseguirá convencer Avner à retornar a Israel e ao Mossad?! Quem assistir verá !!! 

Elenco

Eric Bana as Avner Kaufman / Yuval Aviv
Daniel Craig as Steve
Ciarán Hinds as Carl
Omar Metwally as Ali
Mathieu Kassovitz as Robert
Hanns Zischler as Hans
Ayelet Zurer as Daphna Kaufman
Geoffrey Rush as Ephraim
Mehdi Nebbou as Ali Hassan Salameh
Gila Almagor as Avner's, Mãe
Karim Saleh as Issa – Luttif Afif / Mohammed Massalha
Michael Lonsdale as Papa
Mathieu Amalric as Louis
Ziad Adwan as Kamal Adwan
Moritz Bleibtreu as Andreas
Yvan Attal as Tony, Amigo de Andreas
Valeria Bruni Tedeschi as Sylvie
Meret Becker as Yvonne
Jonathan Avigdori as Gad Tsobari
Marie-Josée Croze as Jeanette, Assassina Holandesa
Lynn Cohen as Golda Meir
Michael Giannatos as Recepcionista do Hotel
Ami Weinberg as General Zamir
Amos Lavi as General Yariv

Moshe Ivgy as Mike Harari 

Ohad Shahar as Ministro

Raffi Tavor as Ministro

Sharon Alexander as Nadev, General

Samuel Calderon as Hofi, General
Bijan Daneshmand as Kamal Nasser
Dirar Suleiman as Abu Youssef
Djemel Barek as Zaid Muchassi

Félicité Du Jeu as Oficial no Banco Suíço
Hiam Abbass as Marie Claude Hamshari

Alon Aboutboul as Soldado Israelense com Zamir 

Makram Khoury as Wael Zwaiter 

Igar Naor as Mahmoud Hamshari 

Richard Brake as Beligerente Americano
Michael Warshaviak as Meir Shamgar, Procurador-Geral
Moshe Ivgy as Mike Harari
Mouna Soualem as Amina Hamshari
Rana Werbin as Israeli, Âncora do Jornal
Souad Amidou as Yussef's, Esposa
Guri Weinberg as Moshe Weinberg, Primeiro Refém Morto 

Jonathan Rozen as Ehud Barak

Sasha Spielberg as Jovem Assistindo TV

Indicações e Prêmios

Oscar 2006
Melhor Filme - Indicado
Melhor Direção (Steve Spielberg) - Indicado
Melhor Roteiro Adaptado (Tony Kushner e Eric Roth) - Indicado
Melhor Edição (Michael Kahn) - Indicado
Melhor Trilha Sonora (John Williams) - Indicado

Golden Globe Award 2006
Melhor Roteiro (Tony Kushner e Eric Roth) - Indicado
Melhor Direção (Steve Spielberg) - Indicado

AACTA Award 2006
Melhor Ator (Eric Bana) - Indicado

ACE Eddie 2006
Melhor Edição Filme Dramático (Michael Kahn) - Indicado

Critic's Choice Movie Award 2006
Melhor Direção (Steven Spielberg) - Indicado

Central Ohio Film Critics Association Award 2006
Melhor Elenco (Lucky Englander, Fritz Fleischhacker e Jina Jay) - Vencedor

Directors Guild of America Award 2006
Excelência em Direção de Longa Metragem (Steven Spielberg) - Indicado

Empire Awards 2006
Melhor Thriller - Indicado

Golden Reel Awards 2006
Melhor Edição de Som de Filme - Indicado

Golden Trailer Awards 2006
Trailer do Ano - Indicado

Grammy Award 2006
Melhor Trilha Sonora para Filme, TV e outras Mídias (John Williams) - Indicado

Kansas City Film Critics Circle Award 2006
Melhor Filme - Vencedor
Melhor Roteiro Adaptado (Tony Kushner e Eric Roth) - Indicado

Online Film Critics Society Awards 2006
Melhor Direção (Steven Spielberg) - Indicado
Melhor Filme - Indicado
Melhor Roteiro Adaptado (Tony Kushner e Eric Roth) - Indicado

Melhor Trilha Sonora (John Williams) - Indicado

Melhor Edição (Michael Kahn) - Indicado

Washington D.C. Area Film Critics Association Awards 2006

Melhor Direção (Steven Spielberg) - Vencedor
Melhor Filme - Vencedor 
Melhor Roteiro Adaptado (Tony Kushner e Eric Roth) - Indicado

Melhor Ator Coadjuvante (Geoffrey Rush) - Indicado

World Soundtrack Academy Award 2006
Melhor Trilha Sonora (John Williams) - Indicado

Curiosidades

- Apesar de Munique ser uma obra de ficção, descreve muitos eventos reais e os dados do início dos anos 1970. No lado israelense, A Primeira-Ministra Golda Meir é retratada no filme, e outros líderes militares e políticos, tais como o Procurador-Geral Meir Sangar, o Chefe do Mossad, Zvi Zamir e o Chefe Aman Aharon Yariv também estão representados. Spielberg tentou fazer a representação da tomada de reféns e assassinato dos atletas israelenses historicamente autênticos. Ao contrário de um filme anterior, 21 horas a Munique, o filme de Spielberg retrata o fuzilamento de todos os atletas israelenses, que de acordo com as autópsias eram preciso. Além disso, o filme usa clipes de notícias reais filmadas durante a situação de refém;

- Os membros nomeados do Setembro Negro, e suas mortes, também são na sua maioria factual. Abdel Wael Zwaiter, um tradutor na embaixada da Líbia em Roma, foi baleado 11 vezes, uma bala para cada uma das vítimas do Massacre de Munique, no hall de entrada do apartamento 41 dias após Munique. Em 8 de dezembro do mesmo ano, Mahmoud Hamshari, uma figura sênior da OLP, foi morta em Paris por uma bomba escondida num suporte embaixo do seu telefone. Embora o filme retrata a bomba que está sendo escondido no próprio telefone, outros detalhes do assassinato (como confirmação do alvo através de chamada telefônica são precisos). Outros mortos durante esse período incluem Mohammed Boudia, Basil al-Kubasi, Hussein al-Bashir, e Zaiad Muchasi, alguns cujas mortes são retratados no filme. Ali Hassan Salameh também era uma pessoa real, e um membro proeminente do Setembro Negro. Em 1979 ele foi morto em Beirute por um carro-bomba, que também matou quatro pessoas inocentes e feriram outras 18; 

- A incursão em Beirute, conhecida como Operação Primavera de Juventude, também ocorreu. Esse ataque incluiu o futuro Primeiro-Ministro israelense Ehud Barak e Guerra do Yom Kippur e herói da Operação Entebbe Yonatan Netanyahu, que são ambos retratados pelo filme. Os métodos utilizados para rastrear e assassinar os membros do Setembro Negro eram muito mais complicado do que os métodos retratados no filme; por exemplo, a localização dos membros da célula Setembro Negro foi conseguido por uma rede de agentes de Mossad, um informante não representado na película; 

- Os produtores da Atlantic Productions, do  documentário nomeado pela prêmio BAFTA Munique: Vingança do Mossad, listou várias discrepâncias entre o filme de Spielberg e das informações obtidas a partir de entrevistas com agentes do Mossad envolvidos na operação. Ele observou que o filme sugere um grupo realizado quase todos os assassinatos, enquanto que na realidade era uma equipe muito maior. Mossad não funcionou com uma figura misteriosa no submundo francês como retratado no livro e no filme. A campanha de assassinato não terminou porque os agentes perderam a cabeça, mas por causa do caso Lillehammer em que um garçom marroquino inocente foi morto. Isto não é mencionado no filme. As metas não foram todos diretamente envolvidos em Munique, que Spielberg reconhece nos últimos cinco minutos;

- O filme nomeadamente ignorou o caso Lillehammer, onde assassinos israelenses mataram um garçom marroquino, Ahmed Bouchiki, confundindo-o com Ali Hassan Salameh. Como o Professor de História da Universidade de Bristol, Stephen Howe diz: "um grande quebra-cabeça, passou quase despercebido Se ... a chave (e em si louvável) impulso para a tomada do filme foi o questionamento moral solicitado por ações israelenses" contra-terroristas ', porquê. concentrar-se nesses episódios particulares? o filme não inclui mesmo a falha mais gritante e notório, que também foi talvez o ato mais indefensável ... Este foi o assassinato na Noruega de um garçom marroquino infeliz e inofensivo, confundido por alegada pelo chefe do Setembro Negro, Ali Hassan Salameh. "Os Agentes que foram responsáveis ​​pela morte foram julgados e condenados na Noruega de assassinato. Israel compensado família da vítima, mas nunca assumiu a responsabilidade pelo assassinato;

- Após adquirir os direitos de adaptação do livro de George Jonas, Steven Spielberg encomendou três roteiros: um para David Webb Peoples e Janet Peoples, um para Charles Randolph e um para Eric Roth. Dos três o Diretor preferiu o de Roth, que foi então revisado por Tony Kushner;

- Ben Kingsley faria parte do elenco de Munique, mas teve que deixar o papel devido a conflitos de agenda. Em seu lugar foi contratado Geoffrey Rush;

- Guri Weinberg interpreta o próprio pai em Munique. Moshe Weinberg era um lutador de luta livre israelense que foi morto no atentado ocorrido nas Olimpíadas de Munique;

- Inicialmente era intenção de Steven Spielberg dirigir Munique para lançá-lo em 2003 ou 2004, mas adiou o projeto devido a possibilidade de trabalhar novamente com Tom Cruise em Guerra dos Mundos (2005); 

- O orçamento do filme foi de USS 70 milhões de dólares e arrecadou US$ 130 milhões.

Trilha Sonora (Música/Banda/Cantor (a))

Munich, 1972 – John Williams 
The Attack at Olympic Village – John Williams 
Hatikva (The Hope) – John Williams 
Remembering Munich – John Williams 
Letter Bombs – John Williams 
A Prayer for Peace – John Williams 
Bearing the Burden – John Williams 
Avner and Daphna – John Williams 
The Tarmac at Munich – John Williams 
Avner's Theme – John Williams 
Stalking Carl – John Williams 
Bonding – John Williams 
Encounter in London and Bomb Malfunctions – John Williams 
Discovering Hans – John Williams 
The Raid in Tarifa – John Williams 
Thoughts of Home – John Williams 
Hiding the Family – John Williams 
End Credits – John Williams 

Ficha Técnica

Título no Brasil: Munique   

Título Original: Munich

País de Origem: EUA 

País de Produção: EUA / França / Hungria   

Gênero: Drama / História / Thriller 

Tempo de Duração: 164 minutos

Ano de Lançamento: 2005
Cor: Color
Áudio: Inglês (5.1 Dolby Digital)
Legendas: Inglês e Português
Tela: 16:9 Widescreen

Estúdio: Amblin Entertainment, The Kennedy/Marshall Company e Alliance Atlantis 

Distribuição: Universal Pictures e DreamWorks Pictures 

Direção: Steven Spielberg
Roteiro: Tony Kushner e Eric Roth    

Edição: Michael Kahn 

História: George Jonas

Direção de Arte: Road McLean 
Direção de Fotografia: Janusz Kaminski 

Desenho de Produção: Rick Carter 

Decoração de Cenário: John Bush  

Elenco: Lucky Englander, Fritz Fleischhacker e Jina Jay    

Figurino: Joanna Johnston 

Maquiagem: Paul Engelen 

Música Original: John Williams    

Efeitos Sonoros: Ben Burtt 

Efeitos Especiais: Connie Brink
Efeitos Visuais: Pablo Helman
Produção: Steven Spielberg, Kathleen Kennedy, Barry Mendel e Colin Wilson 
Co-Produção: Vincent Servant
Produção Executiva: Steven Spielberg